VICENTE’18. «Luz no Rumo». Magic of Nature. Wonders of Light. In the apse of a chapel – the Ermida of N.ª Sr.ª da Conceição in Belém, Lisbon – Nino Alfieri presents a painting using photosensitive colours, reactive to light, framing forms in enamelled metallic black ceramics, symbolising crows. These are displayed in a sequence reminding a written code. Light falls onto things and makes them appear as if from nothing, ordering them in a cycle. The sounds composed for the occasion by musician Corrado Saija accompany the variation of the diverse luminous frequencies emitted by two LED projectors.
VICENTE’18. «Luz no Rumo». Magia da Natureza. Maravilhas da Luz. Na ábside da Ermida N.ª Sr.ª da Conceição, Nino Alfieri apresenta uma pintura realizada com cores fotossensíveis reactivas à luz, emoldurando formas em cerâmica esmaltada em negro metalizado, simbolizando corvos, dispostas numa sequência que evoca um código de escrita. A luz pousa sobre as coisas e fá-las aparecer como que do nada, ordenando-as num ciclo. Os sons compostos especialmente para esta ocasião pelo músico Corrado Saija acompanham a variação das diversas frequências luminosas emitidas por dois projectores LED.
O artista Nino Alfieri inspira-se em formas naturais, que define como Matrix Forms, interpretações dedutíveis de elementos primordiais, formas orgânicas, sementes, fósseis, amígdalas, pontas de arado arcaicas. Para realizá-las utiliza materiais escultóricos como cerâmica, madeira ou metal. Quase sempre os trata com massas de cores fotossensíveis, por forma a torná-las interactivas com as várias frequências luminosas emitidas electronicamente por equipamentos especiais que coloca nos espaços expositivos. Alfieri cria assim no espectador uma alteração visual em constante mutação e a consequente transformação perceptiva das formas, das cores e do ambiente. A arte espiritualiza a matéria e a leveza da luz revela-a.
Na parede lateral da capela, da direita para esquerda, são apresentadas:
1 ) Peça em madeira, estilização extremamente ampliada de um dos biliões de micro-organismos que vivem nos mares. [não está na foto]
2 ) O pequeno fragmento em terracota branca remete para todas as formas em espiral que encntramos na natureza, caso da pegada fóssil dos amonites, das samambaias [fetos] envoltas sobre si mesmas antes de abrirem as suas folhas, ou das galáxias imensas.
3 ) A chapa de cobre trabalhada co ácido representa o Fio de Ariadne, que por sua vez correspodne ao percurso inteno do labirinto concêntrico de que há registo em moedasda Ilha de Creta.
4 ) Relevo em areia que nos vazios desenha um conjunto de micro-organismos marinhos.
5 ) Elemento masculino em terracota que pode ser a carapaça de um límulo ou então a interpretação ampliada de uma semente. Uma das muitas formas estilizadas que fizeram parte da obra Light Seedsrecentemente exposta em Spoleto.
6 ) Elemento feminino em madeira. Parte da obraLight Seeds.
7 ) Cerâmica negro-azul remetendo para vegetais primordiais.
8 ) Terracota, referente a fósseis encontrados em Bochum em rochas sedimentares datando do Carbonífero, época, 280 milhões de anos atrás, em que a terra se encontrava colonizada por fetos.
O que é pesado parte de um todo-uno sólido e compacto, a Terra, o que é ligeiro e se eleva e produz ar são os corvos que se tornam alfabeto para escrever uma história antiga: a Arte é o Mundo que se transforma em Luz. Curadoria.