Any colour theory is the result of a passion for the world as the stage for experience, both aesthetic and cognitive, as if art could be, since a research on (the) colour(s), a formative learning of the image of the real (in fact, of the images by means of which the world is known). In her own way, Beatriz Brum has been building her own colour theory, or at least a research-action concept marked by laboratorial rigour.
The truth is, the world is today all about violent digital colours we observe in tireless screens – the spectacle – or economising bulbs which deteriorate our visual sense and thus pauperise our experience of the most everyday objects. Something essential is lost or in a process of disappearance.
This is why artists like Brum are important, if not fundamental for us to get back to a passion for the colour of the world. A few months before her thesis defense in Visual Arts (at ESAD.CR), Brum brought to Caparica an excepcional collection of recent works which are at the same time autonomous in their chromatic presence-vibration and mobile elements – pieces of a game – within a radiant discourse on colour. Attracting the spectator to a full-body rendez-vous. The catalogue may be read here. The exhibition opened the 11th of January in the Library of the FCT-UNL Campus in Monte de Caparica. Curator. Photography by Sara Pinheiro. Special thanks: José Moura.
Die Farben sind Taten des Lichts, Taten und Leiden.
Johann Wolfgang von Goethe
Qualquer teoria das cores – e Beatriz Brum tem vindo a construir a sua, ou pelo menos um conceito de investigação-acção pautado por um rigor laboratorial – é fruto de uma paixão pelo mundo enquanto experiência estética e simultaneamente cognitiva, como se a arte pudesse, neste caso através de uma investigação sobre a(s) cor(es), ser uma formativa aprendizagem da imagem do real – das imagens conforme as quais o mundo se dá a conhecer.
É verdade que esse mundo é hoje todo ele violentas cores digitais em écrans que não nos dão descanso – o espectáculo – e lâmpadas economizadoras que deterioram o nosso sentido visual e por conseguinte empobrecem a nossa experiência dos objectos mais quotidianos. Algo de muito essencial se perdeu ou está a perder-se.
É por isso que artistas como a Brum são importantes, senão fundamentais para que regressemos a uma paixão pela cor do mundo. A poucos meses da defesa da sua Tese de Mestrado em Artes Plásticas na ESAD.CR, a Brum trouxe à Caparica um excepcional acervo de obras recentes – todas inéditas –, que são simultaneamente autónomas na sua presença-vibração cromática e elementos móveis – peças de um jogo – de um radioso discurso sobre a cor. Que atrai o espectator para um rendez-vous de corpo inteiro. O catálogo pode ser lido aqui. A exposição inaugurou a 11 de Janeiro de 2019, na Biblioteca da FCT-UNL no Campus de Caparica. Curadoria. Fotografia por Sara Pinheiro. Agradecimento especial: José Moura.